quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Quatro odes ao alfabeto





I

            Andava balbuciando, cabisbaixo, divagando entre frases grotescas, horríveis impropérios, já lamentava, mas não ouvia palavras que resolvessem seus temores. Ultimamente, vertia xingamentos, zonzo.

II

        Animado, bradarei considerações, demolirei estúpidas falácias, gritarei homilias impressionantes! Jamais louvarei mentiras! Nunca orarei para quem respeita sandices, traficando umas verdades xiitas, zarolhas!

III
             
        Atenção, bobo comediante, descarta esses fracos gracejos, humilhas injustamente judeus, lésbicas, minorias, negros. Outro processo? Queres reduzir seus tesouros? Um vaticínio: xingando, zerarás.  

IV

            Alto, bravo cavaleiro! Destrói esses falsos grilhões! Horas intermináveis jorram, loucamente misturadas numa ordem pretensamente qualificada, revelando sua transcendência unívoca, vil xamã, zênite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário